domingo, 28 de novembro de 2010

Royal Society quer que ONU proíba clonagem humana


22 de setembro de 2003 • 15h47 • atualizado às 15h47


A organização científica britânica Royal Society se uniu hoje às mais de 60 instituições científicas de todo o mundo que exigem que a ONU proíba mundialmente a clonagem humana reprodutiva. "As notícias sobre recentes tentativas de clonar seres humanos por parte de cientistas sem escrúpulos alertaram a comunidade científica no mundo todo", explicou Lorde de Oxford, presidente da Royal Society, considerada a academia de ciência mais prestigiada do Reino Unido. "Como cientistas e cidadãos, precisamos nos assegurar de que a tecnologia não está sendo má utilizada", acrescentou.
A Royal Society assina deste modo a declaração do Painel Interacademias (PIA), que convoca todas as academias nacionais de ciências do mundo a apoiarem a aprovação de um documento que impeça a clonagem humana reprodutiva e que exclua desse veto o uso dessa técnica com propósitos terapêuticos.
No próximo dia 29, durante a Convenção Internacional contra a Clonagem de Seres Humanos, o PIA apresentará uma declaração conjunta ante um comitê especial da ONU. O objetivo é que as Nações Unidas pressionem todos os governos mundiais a tornar ilegal a clonagem reprodutiva de seres humanos, porém, excluindo da proibição o uso dessa técnica com propósitos terapêuticos.
Isso suporia diferenciar entre a simples multiplicação de seres humanos e a clonagem com fins terapêuticos, que consiste em extrair células de um embrião antes que este chegue em estágios implantáveis e possam ser utilizadas para produzir células mães (aquelas que ainda podem se tornar em outros tipos específicos de células), com o fim de regenerar tecidos e órgãos.
A clonagem terapêutica de embriões humanos poderia servir para tratar doenças degenerativas, entre elas o mal de Parkinson, o mal Alzheimer, a diabetes e a insuficiência renal e hepática. Muitos países rejeitam a clonagem humana reprodutiva, tanto por suas implicações éticas como por se tratar de uma técnica com grandes imperfeições, segundo os cientistas.
O presidente da Royal Society afirmou que existe um consenso "aflito" entre os cientistas para tornar ilegal a clonagem humana. Por outro lado, as opiniões sobre os aspectos éticos da clonagem terapêutica variam de países para outros.
Mais de 16 mil cientistas de todo o mundo e mais de 60 academias, como a Academia do Terceiro Mundo das Ciências, a Academia chinesa das Ciências, a Academia Francesa das Ciências e a Academia Nacional dos Estados Unidos das Ciências, assinaram a declaração do PIA.



FONTE:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI146984-EI297,00.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário